O Atestado médico para liberação de atividade físicas competitivas e amadoras é parte integrante do ato médico e um direito do paciente. Deve ser objetivo, esclarecedor quanto ao tipo de atividade física permitida e de preferência com a intensidade de treinamento físico sendo sugerida. Nos casos em que existem limitações à prática de alguma modalidade, estas deverão estar claramente mencionadas no documento. Toda e qual quer informações a respeito do quadro clínico, exame físico e exames complementares deverão estar contidos no atestado médico quando solicitados e autorizados pelo paciente.

 


Com base na medicina baseada em evidências é mais apropriada a estratificação do risco individual, considerando a condição clínica e a aptidão física, sexo, idade e condições nas quais essa prática será realizada. Para a grande maioria das situações é possível contrastar o risco de um dado indivíduo com aquele esperado para seus pares de mesma idade e assim caracterizar o risco com muito menor, similar, maior ou muito maior. Especificamente, pode ser ainda conveniente caracterizar a prática como terapêutica, recreativa ou competitiva. Em adendo, fatores ambientais, notadamente climáticos podem ser relevantes.

Quando a emissão de um atestado, este deverá caracterizar ou especificar qual quer restrição clínica, seja de natureza cardiorrespiratória ou locomotora. “Idealmente, a frase conclusiva deverá se ater ao limites do que foi efetivamente examinado ou avaliado, evitando sentenças genéricas e pico fundamentadas tais como “apto para a prática de esportes”, sendo provavelmente mais adequado algo como “não foram encontradas contra-indicações clínicas formais para a prática de exercício físico recreativo ou competitivo” .

 

Doença cardíaca e derrame são duas das principais causas de mortes no mundo ocidental. Porém, realizar pelo menos 150 minutos por semana de exercício físico aeróbico de intensidade moderada pode diminuir o risco dessas doenças. Pode-se reduzir os riscos ainda mais com mais exercício físico. Atividade física regular pode também diminuir a pressão sanguínea e melhorar os níveis de colesterol.

 

Exercício físico e redução do risco de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica

Exercício físico regular pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. A síndrome metabólica é uma condição médica na qual a pessoa tem alguma combinação de muita gordura ao redor da cintura, pressão alta, baixo colesterol HDL (o bom colesterol), altos níveis de triglicerídeos ou de glicose no sangue. Pesquisa mostram que menores taxas dessas condições ocorrem com pelo menos 120 a 150 minutos semanais de exercício físico aeróbico de intensidade moderada. E quanto mais exercício físico, menores os riscos. Para quem já tem diabetes tipo 2, exercício físico também pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue.

 

xercício físico e redução do risco para alguns tipos de câncer

Praticar exercício físico diminui o risco de dois tipos de câncer: cólon e mama. Pesquisas mostram que:

  • Pessoas fisicamente ativas têm menor risco para câncer de cólon do que aquelas que não são ativas.
  • Mulheres fisicamente ativas têm menor risco de câncer de mama do que aquelas que não são ativas.



Embora as pesquisas ainda não estejam concluídas, há sugestão de que exercício físico regular poderia diminuir o risco de câncer no pulmão e de endométrio. Pesquisas também mostram que praticar exercício físico regularmente ajuda pessoas sobreviventes do câncer a ter melhor qualidade de vida.

Medicina esportiva é uma especialidade médica que inclui segmentos teóricos e práticos da medicina com o objetivo de investigar a influência do exercício, do treinamento e do esporte sobre as pessoas sadias ou doentes, com a finalidade de prevenir, tratar e reabilitar." Desta maneira, se ocupa de avaliar e acompanhar os praticantes de atividade físico-desportiva antes, durante e após a prática desta atividade. Por outro lado, a Medicina Desportiva está direcionada não só a atletas de alto nível mas, também, pessoas não atletas que procuram utilizar a atividade física como meio de melhorar sua saúde

A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

 

A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.


Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida.

Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão.
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.

Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes.